Friday, September 15, 2006

Eu Giro o Corpo...

Eu giro o corpo como quem rodopia
Embalado no encanto e no canto da noite

Eu giro o corpo como quem se exercita
Imitando passos do grande balé da vida

Eu giro o corpo como quem dança uma valsa
Ao embalo de uma orquestra divina

Eu giro o corpo como quem ao sabor das ondas
Se inclina numa prancha singrando ondas

Eu giro o corpo como quem procura
Entre os que passam uma conhecida figura

Eu giro o corpo porque no compasso da vida
Busco entre os que vivem...outro corpo que gira.

Thursday, September 14, 2006

Anoitecer

A noite anoitece sem a minha ajuda,
sentado no banco da praça
Leio tudo para ser polímata e,
Cobrir a minha nudez diante do mundo.
Na igreja em frente
Sinos repicam incessantemente
Como a lembrar da minha mortalidade,
Imortal só o tempo.
Desfilam pessoas em roupas domingueiras
Num vai-e-vem nervoso,
Olhares ansiosos, andares cadenciados
Em busca do nada.
Uma ave de hábitos noturnos
Lança os seus gemidos nos ares
E olhares miram o céu noturno
Movidos pela curiosodade.
Novamente sinos repicam
Como a lembrar que a hora é chegada
De mais uma vez
Beber da filosofia vã.
Cá fora fica um poeta
Sentado num banco
Cismando sobre o anoitecer.

poemar