Thursday, September 14, 2006

Anoitecer

A noite anoitece sem a minha ajuda,
sentado no banco da praça
Leio tudo para ser polímata e,
Cobrir a minha nudez diante do mundo.
Na igreja em frente
Sinos repicam incessantemente
Como a lembrar da minha mortalidade,
Imortal só o tempo.
Desfilam pessoas em roupas domingueiras
Num vai-e-vem nervoso,
Olhares ansiosos, andares cadenciados
Em busca do nada.
Uma ave de hábitos noturnos
Lança os seus gemidos nos ares
E olhares miram o céu noturno
Movidos pela curiosodade.
Novamente sinos repicam
Como a lembrar que a hora é chegada
De mais uma vez
Beber da filosofia vã.
Cá fora fica um poeta
Sentado num banco
Cismando sobre o anoitecer.

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